Olá pais e mães! Participámos hoje, dia 26 de Setembro, no mais novo projecto do NIB, o ateliê «Do Corpo ao Movimento». Éramos 4 crianças dos 2 aos 4 anos e as terapeutas Catarina e Rita. Quando chegámos à Sala do Brincar, uns de nós estavam curiosos com o que ia acontecer e observavam a Sala e as duas terapeutas, outros estavam tímidos e outros estavam excitados e corriam de um lado para o outro, indo e vindo da sala onde estavam os pais conversando sobre temas muito sérios. Para nos conhecermos melhor, a Rita e a Catarina propuseram-nos que nos sentássemos numa roda e, através de um movimento ou gesto, mostrássemos como nos estávamos a sentir. Ou seja, utilizámos o movimento e a expressividade facial como principal meio de comunicação dos nossos afectos. Este é um meio de comunicação que conhecemos bem e que utilizámos com excelência quando éramos bebés. Sabiam que aquilo a que os bebés estão mais atentos é à expressividade afectiva da face (e da voz) dos pais? Não é por acaso que os pais, nesta altura, colocam o bebé tão perto da sua face. Percebem intuitivamente a sua preferência pela face humana. E são os movimentos faciais a primeira coisa que os bebés imitam. Estão a registar afectos. De tal forma que, aos seis meses, os bebés são especialistas na face humana e no reconhecimento das emoções, usando com mestria esse conhecimento na sua interacção com o outro. Como era a primeira vez que estávamos juntos e ainda não nos conhecíamos bem, nada melhor do que uma brincadeira que permitia esta exploração através da comunicação não-verbal. Mas, o nosso sentimento de confiança dependia de irmos recarregar as baterias da segurança aos nossos pais. Por isso a porta da Sala do Brincar podia abrir-se sempre que precisávamos. Víamos os nossos pais e voltávamos, seguros. Mas, como aconteceu com um de nós, a nossa timidez podia fazer com que fosse imprescindível a presença de um dos nossos pais ao nosso lado. Não fazia mal. Sentimos que, na Sala do Brincar, cada um tinha o seu tempo e o seu espaço. Não havia pressa. A Rita e a Catarina iam propondo várias actividades, primeiro centradas no movimento, depois no desenho. Nós íamos dando também o nosso contributo e inventávamos movimentos diferentes e outro tipo de brincadeiras, que a Catarina e a Rita propunham sempre que todo o grupo imitasse de modo a irmos criando laços com uns com os outros. Por vezes, quando a alegria é muito grande – a isto chamamos felicidade - só nos apetece abraçar o outro e o mundo. Foi o que fez a Francisca já para o fim da sessão. Correu para abraçar a Rita e depois a Catarina. Estas sentiram o apelo da emoção e da união que aquele gesto tão simples e tão sentido significava e incentivaram outras corridas e mais abraços. Depois, chamaram os outros meninos e, à vez, todos correram ora para a Rita ora para a Catarina para darem e receberem um grande abraço. O Tiago, o Tomás e a Beatriz. É assim que acontece quando nos respeitamos e procuramos dar alegria e prazer ao outro. Recebemos o seu afecto genuíno. E quando o final da sessão espreitou por entre os ponteiros do relógio, todos sentíamos que podíamos confiar uns nos outros. Obrigada Beatriz, Tomás, Tiago e Francisca. Até à próxima sessão.
Equipa NIB
Catarina Rodrigues e Rita Gonzaga
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